Eu sei que você está de saco cheio desses artigos falando o óbvio. Você já sabe que o mundo mudou. Ninguém mais tem paciência para esses clichês dos inteligentinhos.
Você já parou para pensar em como você encara o tempo hoje?
Eu sei. Assim de supetão parece uma pergunta de gente louca. Relaxa, não é não. Tudo isso vai fazer sentido em algum momento.
Uma pseudo-introdução e depois um questionamento meio “queisso”. Eu sei também. Existem formas mais tradicionais de se começar um texto.
Dane-se. Jogo que segue!
[30]
Vamos falar sobre o tempo?
Ele realmente não é o mesmo. Apesar de ser o mesmo.
Concorda?
Quando eu era criança, costumava ir ao mercado andando. Hoje não lembro a última vez que fiz isso. Parece que vou levar tempo demais.
Caramba, não posso perder esse tempo!
Mesmo que eu não saiba para que vou usá-lo depois…
Só sei que não posso!
(pausa dramática)
Aí que está o pulo do gato!
Comentário do autor: tadinho do gato!
Agora você vai entender onde quero chegar com essa enrolação toda!
Sabe por que eu coloquei a tag [30] um pouquinho atrás no texto?
Ela marca mais ou menos o ponto do artigo que você chegou em 30 segundos.
Para você, levou o mesmo tempo que um comercial no Youtube? Quer dizer, você teve a mesma sensação de tempo?
Eu nem estou contando uma grande história. Apenas estou me aproveitando da sua curiosidade. Mas, isso já mostra como a nossa noção de tempo é maluca.
Detestamos 30 segundos de uma interrupção, mas adoramos 30 minutos de uma boa história. Tanto que quando é realmente boa, nós pedimos uma continuação.
Ei, Showtime – libera a nova temporada de Billions logo!!!
Falei muito em 30 segundos versus 30 minutos, mas o importante não é nem o tempo.
E, no fundo, no fundo, não é nem a interrupção!
Espera, como assim a interrupção não é o problema? Que que que que que está acontecendo aqui?
O problema é interromper as pessoas erradas de uma forma burra e chata!
Essa é a real!
Nós amamos uma boa história!
Perdemos tempo no Netflix e no Amazon Prime procurando boas histórias!
E, isso não é uma questão de tempo. Uma boa história pode começar com 30 segundos no Youtube e continuar em outro lugar. Uma boa história pode ter capítulos de 30 segundos pelo próprio Youtube.
Eu nem falo de TV aqui porque não assisto faz anos!
O que a interrupção precisa é ser relevante. Tocar no coração, no figado. Ser bem contada. Não ser um porre!
E, fazer essa magia em 30 segundos não é para qualquer um!
Os caras do analytics precisam aprender com os grandes caras da publicidade do passado. Assim como os caras do passado adorariam aprender com eles.
Imagina o que uma versão millenium da dupla (genial) Washington Olivetto e Francesc Petit faria hoje!
Confesso: estou cansado de comercial irrelevante/chato no Youtube e trocadilhos com o meme do momento feitos pelos “criativos” nas mídias sociais.
Talvez eu não esteja mais tão cansado porque assinei o Youtube Premium, mas ainda encaro umas interrupções mal feitas pelo Facebook…
Pronto. Era isso que eu queria falar.
Estou estudando o assunto. Vamos ver no que vai dar!
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