![Tive uma ideia milionária! O que eu faço agora? [Parte 1]](https://i0.wp.com/robsoncristian.com/wp-content/uploads/2015/10/21.png?resize=662%2C331)
Ter uma ideia milionária (ou até mesmo bilionária) é algo incrível! Você sente que mudará o mundo, abalará as estruturas do mercado e transformará a vida de muitas pessoas!
Daquele instante em diante, é como se você tivesse recebido um chamado de São Rockefeller (ALELUIA! ALELUIA! ALELUUUUIAAA!) e precisasse colocar tudo em prática o mais rápido possível!
– WOOOOOOOOOOOW! (diz o leitor empolgado)
Infelizmente, mesmo com toda esta excitação, há uma chance de aproximadamente 99,99%, segundo o IRP (Instituto Robson de Pesquisas), de que a sua ideia seja uma grande “porcaria”. Esta é a dura realidade. A única certeza que você tem ao ter uma ideia é que você tem uma ideia! Sério!
– Dane-se a realidade! Eu sou a exceção! (diz o leitor indignado)
O nosso cérebro é excelente, entre outras coisas, para cometer enganos. Falsas memórias, palavras que perdem o sentido ao serem faladas repetidas vezes (saturação semântica), imagens estáticas que parecem estar em movimento (como a imagem acima) e ideias que nos fazem gastar meses e meses desenvolvendo um produto, ou até mesmo um plano de negócios, sem a menor confirmação de que alguém REALMENTE queira pagar 1 centavo.
– Ok, entendi, o nosso cérebro prega muitas peças! Mas, e se a minha ideia for boa mesmo? O que eu faço? Quero colocar a mão na massa agora! (diz o leitor ansioso)
A primeira coisa a se saber é que dificilmente um plano de negócio (ou produto) sairá intacto após o primeiro contato com um cliente. A sua ideia, por melhor que seja, precisará de alguns ajustes de percurso para acertar o alvo.
A primeira etapa do método
O grande segredo aqui é encontrar um jeito de fazer esses ajustes antes mesmo de sair desenvolvendo um produto que ninguém quer.
Para isso, você precisa responder algumas perguntas sobre o problema que a sua ideia resolve (sim, a sua ideia deve resolver um problema):
- Esse problema existe mesmo?
- Quem é afetado por esse problema?
- As pessoas (física ou jurídica) afetadas por ele estão dispostas a pagar pela solução?
O melhor jeito para responder essas perguntas é “ir pra rua” e conversar com as pessoas que você imagina ter esse problema. Não existe um número mágico, mas há quem diga que entrevistar entre 60 e 100 pessoas é suficiente.
Mesmo que você também sofra com o problema que deseja resolver, é importante verificar se não está especificando demais para a sua própria dor.
Gastando sola de sapato
Neste momento inicial, o contato um-a-um é fundamental e para isso não se deve usar questionários . Este é um trabalho mais qualitativo do que quantitativo além de que, os questionários presumem que você possua a resposta correta, o que não é o ideal para o momento.
O melhor a se fazer é realizar entrevistas, pois desse modo é possível ir a fundo nos assuntos, pedir esclarecimentos e até ver coisas que estão escondidas na linguagem corporal. O objetivo é descobrir o que não sabe que não sabe.
Para ter sucesso nas entrevistas, siga essas 5 dicas de ouro (momento clichê):
- Não fique tentando vender a sua ideia. Vá com a mente aberta para aprender mais sobre o problema em si.
- Comece pelas pessoas mais próximas de você, mas fuja se sentir cheiro de bajulação.
- Se tiver dificuldade para encontrar quem entrevistar, seja esperto e peça aos seus colegas e amigos para apresentar você a pessoas que possam ter esse problema.
- Faça entrevistas em locais calmos e descontraídos, assim o entrevistado relaxa e você consegue respostas mais sinceras e acertadas.
- Não tenha medo de que alguém vá roubar a sua ideia. Você não irá falar sobre a sua ideia, apenas sobre o problema em si, certo?
Conclusão
Espero que ao final da leitura deste post você tenha percebido como nos enganamos sobre as nossas ideias e que existe uma forma de verificá-las antes mesmo de colocar a mão na massa para fazer algo que no fim ninguém queira.
Em um próximo post, mostrarei como pegar o resultado dessas entrevistas e desenvolver um produto que as pessoas realmente queiram.
Gostou desse post e acredita que ele pode ser útil para outras pessoas?
Compartilhe nas mídias sociais e deixe o seu comentário na caixa logo abaixo!
Até!
Foto do Post: Doutor Emmet Brown do filme “De volta para o futuro” com uma de suas invenções.
Olá,
o que você achou deste conteúdo? Conte nos comentários.
Uau!!! Parabéns pelo artigo!!
Muito bom!
Onde encontro a [parte 2] do artigo?
Oi, Julia. Ainda não fiz, mas vou dar prioridade no meu plano editorial :)