Perdi a conta das vezes que ouvi pessoas falando que tiveram a ideia da empresa X ou Y antes dos seus respectivos fundadores.
E, como elas seriam bilionárias se tivessem colocado em prática… cof cof.
Esse é o típico papo de quem superestima as ideias e subestima a execução.
De coração, eu não duvido que o mundo está cheio de gente que teve ideias iniciais parecidas ou até melhores que as dos fundadores das maiores empresas do planeta.
Eu não duvido mesmo!
O que eu duvido é que a execução é essa commodity que algumas pessoas acreditam ser!
O mercado é um sistema dinâmico e mesmo que você tenha o “playbook” do Bill Gates, não significa que consiga criar uma nova Microsoft.
Talvez nem o próprio consiga…
Existem muitas pequenas decisões diárias que ajustam a rota do navio/empresa no oceano do mercado.
E, cada decisão ou não-decisão leva a consequências.
Sim, muita coisa pode ser documentada, virar processo, mas o jogo de cintura para enfrentar adversidades importa.
E, é isso que as pessoas que vivem de ideias nunca vão entender.
No mundo real, o seu melhor programador pode ficar doente por 15 dias e atrasar o projeto que tinha data de lançamento definida.
No mundo real, os seus concorrentes podem inventar mentiras e pagar gente para falar m*rda nas mídias sociais sobre sua empresa.
No mundo real, o seu sócio pode desistir do projeto porque teve um filho e agora quer voltar para o emprego estável.
No mundo real, situações acontecem e você precisa dançar de acordo com a música.
Se o “colocar em prática” dos idealistas levasse tudo isso em consideração, nunca achariam que deveriam estar no lugar do fulano ou ciclano bem sucedido.
A realidade é f*da, camarada!
Para fechar, é importante eu dizer que não desprezo as ideias!
Elas são o inicio de tudo e evoluem junto com a execução.
Eu só não acredito que ideias tenham valor por si só, da mesma forma que farinha, ovos, açúcar, óleo, fermento e Nescau (me patrocina) não são um bolo por si só.
Bem, era isso que eu queria dizer. Sucesso para você!
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