Você vive para pagar contas?

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Você vive para pagar contas?

Robson Cristian
Escrito por Robson Cristian em 14 de abril de 2017
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Tenho notado há muito tempo o que eu chamo de “falta de brilho nos olhos aguda”. Pessoas sem nenhum propósito de vida e com medo de se perguntarem por que fazem o que fazem. Gente que existe, sobrevive, mas não vive.

Por que você faz o que faz? Escrevi um artigo sobre isso há dois meses e fiquei impressionado com a quantidade de pessoas que se interessaram pelo assunto. Se eu pensasse direito, não deveria me surpreender. Esse problema é tão antigo quanto a antiguidade é antiga…

O vazio existencial era um problema há mil anos e, sinceramente, não vejo como mudará nos próximos mil. Ele dá muita grana e problemas que dão muita grana dificilmente são resolvidos. Não que eu acredite que o dinheiro possa resolver isso…

A indústria do vazio existencial

Uma empresa é dos jeitos que inventamos de criar coisas que sozinhos não conseguiríamos. Porém, nem sempre essas coisas realmente importam para algo além de preencher os nossos vazios existências.

O problema não está nas coisas, mas sim na gente. As coisas são as coisas. É você quem as consome em excesso como se não houvesse amanhã. Faz assim porque quer. A indústria do vazio existencial não precisa fazer tanto esforço para te convencer, apenas sugerir.

Está triste? Encha a cara! Está estressado? Coma alguma gordice! Não sabe o que fazer da vida? Abra um site de memes! Precisaríamos dessas coisas na quantidade em que são consumidas? Nops! Os problemas de hoje vieram das soluções de ontem.

Chocolate engorda? Não, quem engorda é você. (autor anônimo)

Por que eu não acredito que isso possa mudar? Natureza humana, simples assim. Não é por menos que os maiores índices de suicídio são dos países com as melhores condições de vida. Caso tenha dúvida, confira o estudo “Dark Contrasts: The Paradox of High Rates of Suicide in Happy Places” de 2011.

Economia da gratidão

A economia da gratidão

Para não dizer que sou um pessimista, o que estou longe de ser, tem três empreendimentos que me encantaram nos últimos tempos. Todos eles com um elemento em especial – a gratidão.

O primeiro é a TOMS, uma empresa de vestuário que dá um calçado para pessoas carentes a cada item comprado. Outro é a Reserva, também de vestuário, que dá cinco pratos de comida a cada peça de roupa comprada (1p=5p).

Diferente dos dois, tem ainda a Decimo Roasters que é de um brasileiro que vive nos EUA e doa 10% das vendas de cafés torrados para organizações sem fins lucrativos. Ela e os outros dois exemplos anteriores encontraram um propósito que vai além do lucro e do crescimento da empresa. #palmas

Cadê o manual?

Parece que o manual da vida foi perdido. Estamos vivendo mais anos devido aos avanços tecnológicos, mas não sabemos o que fazer com isso. Aquele jeito de viver dos nossos pais e avós não faz mais tanto sentido.

“Se você tiver uma formação, terá um emprego”, diziam antigamente. Como falam absurdos a geração que acredita em previdência privada, caderneta de poupança e título de capitalização.

Como fazemos um plano de vida se não sabemos o que virá? Gosto de uma frase do Jeff Bezos, “foque naquilo que não mudará”. Acredito que esse seja o jeito de se viver atualmente. O que não mudará? Você precisa ter um corpo e uma mente saudável, bons relacionamentos, essas coisas básicas. Sobre o resto, não bote tanta fé assim.

Fechando…

Você vive para pagar contas? Provavelmente sim. A maioria é assim. Mas, o que você pode fazer para mudar isso agora? Uma dica: pense o que preenche aquele seu vazio existencial sem detonar a sua saúde. A resposta está aí. Apenas você conseguirá responder.

Detesto não trazer uma solução, mas dessa vez não consigo fazer muito além de te deixar refletindo. A vida que merece ser vivida só será vivida se você encontrar as suas próprias respostas. Faça enquanto não é tarde…

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